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São Pedro de Alcântara – o padroeiro do Brasil
Logo após a Independência (1822), Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo papa, embora ele, Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de setembro. Assim, solicitou ao papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo ele concordado.
Com a proclamação da República (1889), São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião. Porém, seu nome ainda continuou, por muitos anos a ser lembrado nos missais mais tradicionais.
São Pedro de Alcântara foi um frade franciscano espanhol que fez grandes reformas na sua ordem religiosa, a Ordem dos Capuchinhos, no Reino de Portugal. Era notável pregador e místico, amigo e confessor de Santa Teresa de Jesus a quem ajudou, em 1559, na tarefa de reforma da Ordem dos Carmelitas, junto de São João da Cruz. Escreveu o “Tratado da Oração e Meditação” que teria sido lido por São Francisco de Sales. Foi beatificado pelo Papa Gregório XV em 1622 e canonizado pelo Papa Clemente IX em 1669.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida só foi proclamada Rainha do Brasil e Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do Papa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904.
Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia à devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do país.
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