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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Artigos

Reunião de pais

Na relação entre escola e família, há um rito consagrado e conhecido por pessoas de todas as gerações: a reunião de pais. Contudo, embora seja tão institucionalizado, esse encontro formal entre família e escola tornou-se, para a maior parte das instituições de ensino, um momento burocratizado, frio, em que a comunicação não flui. Isso acontece por diferentes razões. Podemos elencar algumas:
É preciso ter objetivos. Uma reunião, embora seja uma rotina, precisa ter objetivos. Um deles é fazer com que os pais entendam melhor os desafios da educação, conheçam seu papel como parceiros, apoiem a escola nos seus objetivos. Em um mundo em que a educação se torna tão complexa, os pais também precisam ser “formados”. A reunião de pais é, também, um momento de formação.
Momento de diálogo. Muitas vezes, a escola convida os pais apenas para ouvir, não para falar. A reunião torna-se o palco das orientações, broncas, regras da escola, e sobra pouco tempo e ocasião para que as famílias se coloquem e tenham acesso aos professores, coordenadores e diretores.
Questão de persuasão. Os pais precisam ser também persuadidos a participar. Isso não se faz por meio de bilhetes que chegam em cima da hora. O convite à reunião deve ser feito e valorizado, seja com cartas polidas e bem explicadas, seja no portão da escola, na hora de levar e buscar os filhos, seja por outros meios de comunicação. Todos os pais devem comparecer – este deve ser o objetivo buscado pela escola.
Consequência. É importante, também, que os pais saibam o que foi feito depois de cada encontro, quais os resultados de tudo o que foi discutido, tanto no plano individual (de um aluno ou aluna), como no plano coletivo (das melhorias necessárias para a resolução dos problemas).
Bom clima. Por fim, a escola deve cuidar sempre para que a reunião seja um momento agradável no qual os pais sejam bem recebidos, valorizados e fiquem convictos de que ali é o lugar deles. Ninguém gosta de estar onde não é reconhecido, onde não se sente bem. Por isso, os gestores precisam fazer as honras da escola – uma casa que é de todos.
Para que tudo isso aconteça, as reuniões de pais precisam ser planejadas com cuidado, desde o início do ano. A escola deve se preparar para esses momentos como um time que se prepara para um jogo, em um campeonato que todos precisam vencer juntos.
 
Francisca Paris é pedagoga, mestra em educação e diretora de soluções educacionais do Agora Sistema de Ensino.

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