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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Artigos

OS RAPAZINHOS E O AÇOUGUEIRO

Bom dia Barretos. Ontem à noite, ao chegar em casa e, me preparar para escrever o artigo dominical, me caiu às mãos uma fábula de Esopo, que se encaixa perfeitamente no momento por que passa nossa cidade.
Diz a fábula: “Dois jovens compravam carne no mesmo açougue. A certa altura, vendo o açougueiro distraído, um dos rapazes roubou alguns miúdos e atirou-os às escondidas no regaço do outro. Entretanto, o açougueiro, voltando-se e procurando os miúdos, acusou os dois rapazes. Todavia, aquele que roubara os miúdos jurou que não os tinha, e aquele que os tinha jurou que não os roubara. O açougueiro adivinhando o artifício deles, disse: De fato, vós podeis fugir-me com um juramento capcioso, porém, aos deuses certamente não escapareis.
Esta fábula mostra que a impiedade do juramento falso permanece a mesma, qualquer que seja o sofisma empregado. Muito parecido com o que se passa em Barretos. Desculpas mirabolantes, falsos juramentos, traições e versões conflitantes, deixam a descoberto todo um esquema montado, a fim de pilhar os recursos do município.
A diferença, entre o que se passa em Barretos e os ensinamentos da fábula, é que na fábula, Esopo diz que os jovens não escaparão dos deuses, enquanto aqui, com certeza, não escaparão do Gaeco.
As informações são conflitantes, cada um criando uma versão diferente, e que atenda aos seus interesses pessoais, que em última análise, nada é, nada mais nem menos, que uma versão montada pelos advogados, visando livrá-los das garras das leis.
Missão quase impossível, diante das robustas evidências e, a partir de agora, também das delações premiadas. A prisão da secretária da Administração afastada, bem como, de seu marido e dos computadores em sua residência, vão abrir novas frentes de investigação junto ao Gaeco, se não para apurar os autores, pois creio que a grande maioria já é do conhecimento público, mas sim, para acrescentar novos documentos, que os impeçam de agir como os rapazinhos do açougue.
Acredito que o intenso prejuízo, que tal fato causou à Barretos, pode ser avaliado pelos barretenses, pelo abandono da cidade, mas um prejuízo muito maior ainda pode ser contabilizado, que é, a imagem negativa que tal imbróglio acarretou e continua a acarretar à nossa cidade. Que termine logo esse pesadelo, para que possamos começar a reconstruir a imagem de Barretos, como a cidade dos grandes empreendimentos e das grandes festas, a nível internacional.
BOM DIA BARRETOS.

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