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domingo, 26 de março de 2017

Artigos

Gestão Financeira como suporte à continuidade das empresas

Dados revelam que nos últimos anos tem aumentado significativamente o número de abertura de empresas, fato que resultou em novos engajamentos tributários por parte do Fisco de modo a atender estes novos empreendedores, no caso o MEI (Microempreendedor Individual) que na maioria das vezes é familiar ou que possui apenas um funcionário e um faturamento de até R$60.000,00 anual. A facilidade de se abrir um novo negócio e o sonho de se tornar um empreendedor e ser dono de seu negócio tem revelado que as empresas não permanecem no mercado por muito tempo, havendo uma quebra silenciosa num seguimento que se encontra aquecido. Diversos são os fatores que contribuem para tal fato, porém o de maior representatividade tem sido o fator econômico. De acordo com o site IN Investimento e Noticias, a falta de planejamento e a separação dos rendimentos e despesas pessoais e empresariais são os maiores problemas. O planejamento deve se ocupar de ferramentas gerencias imprescindíveis a toda e qualquer empresa de pequeno, médio e grande porte, sendo a gestão de custos e a busca do ponto de equilíbrio em quantidade e valor. Deve haver a separação dos rendimentos e despesas pessoais das despesas e rendimentos da empresa, que deve ser tratado de forma a educar o empresário a se enxergar como uma pessoa diferente totalmente da pessoa física. Daí a importância dos limites de retirada, entradas e prazos que devem ser respeitados de acordo com a realidade da empresa em dado momento. 
A gestão econômica ocupa um papel de importância neste contexto, deve subsidiar os novos empreendedores de ferramentas matemático- financeira desde o ato de abertura das empresas, devendo ter conhecimento do fluxo de caixa, ponto de equilíbrio e seus custos e despesas de modo a fornecer os valores que podem ser suportados pela entidade quanto ao pagamento de financiamentos para investimentos e seus pró-labores.
Adriano Leal Bruni, em seu livro “Custos e Preços”, oferece uma fórmula de fácil aplicabilidade e compreensão até mesmo ao homem médio, somente após a chegada aos custos e despesas variáveis é que o mesmo se torna complexo ao empreendedor. Do mesmo modo, Elizeu Martins, em sua obra “Contabilidade de Custos”, demonstra de forma eficaz a apuração de tais custos diretos de forma individualizada e quanto aos custos e despesas indiretas os métodos de rateio e apropriação dos mesmos. Neste arcabouço fica comprovado que a engenharia econômica pode subsidiar estes, pois ela é conhecedora da produção, sendo este o fator primordial para toda a cadeia gerencial, uma vez que é a produção que mantém toda a empresa, ou seja, é na área da produção que são gerados o resultado da empresa. De nada adiantaria elaborar um bom fluxo de caixa e apurar o ponto de equilíbrio se na produção ocorre um desequilíbrio gerando uma perda.
Necessário se fazer a construção de metodologias econômica gerenciais didáticas de modo a serem implantadas nas empresas de pequeno e médio porte que de fato sejam utilizadas e desenvolvidas através de planilhas eletrônicas não complexas destinadas aos empreendedores que atuam no mercado e aos novos, para que possam compreender a importância de abrir um novo negócio com seus reflexos de curto, médio e longo prazo. Deste modo, os fatos poderiam ser alterados para que as empresas tivessem um longo período de sobrevivência gerando riqueza a este País.
 
Ricardo da Silva Mendonça (Graduado em Ciências Contábeis/FISO – Pós-Graduado em Administração/FCMSCSP – Mestrando em Engenharia Econômica/UNIARA). Docente da Faculdade Barretos.
ricardo-mend@hotmail.com
 
Eduardo de Carvalho Machione (Graduado em Administração/UNIFEB – Especialista em Gestão de Negócios/USP – Mestre em Tecnologia Ambiental/UNAERP). Coordenador de Pesquisas da Faculdade Barretos. Docente da Faculdade Barretos.
machione@colina.com.br
 

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