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sábado, 20 de abril de 2024

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Endividamento público com votação a “toque de tambor” e a realidade da péssima qualidade da água, do transporte público e do atendimento à saúde do povo

Depois de um ano de gestão da cidade, causa espanto o marasmo da atuação da Sra Prefeita deparando com realidades que estão escancaradas: água não bebível, transporte público escasso e piorado e o atendimento de emergência e das unidades de saúde sem resolutividade dos casos, com acúmulo de operações eletivas e daquelas com urgência.
Tudo isso sem mencionar a péssima qualidade do atendimento na Santa Casa, único hospital policlínico público. Situação foi levada a uma evasão de excelentes profissionais de medicina, que estão prestando serviços dignos em cidades da região e em hospitais privados da cidade. Até por terem sido criados verdadeiros obstáculos à presença dos mesmos na Santa Casa.
O que parece insistência nessas denúncias, na verdade, é o inconformismo por estar testemunhando e recebendo a todo instante reclamações pessoais e nas redes sociais dos absurdos cometidos aos pacientes atendidos, principalmente, no hospital.
Outra questão mais agravante é que, médicos de boa formação já estão evitando vir trabalhar em Barretos por conta da fama do monopólio pernicioso que aqui se instalou. Tem sido uma rotina: um novo colega é admitido no hospital, com boa formação e intenções, e logo pede desligamento ao perceber a falta de autonomia e desqualificação das condições de trabalho.
Ainda sobre a água fornecida pelo SAAE, desde meados do século passado, era considerada uma das melhores do Brasil e das primeiras, senão a primeira, a ser fluoretada como preventiva da incidência de cáries. Hoje…é a que aí está.
O transporte público, claramente piorado, já virou uma estranha novela sem fim.
Agora vem o pior: endividar o erário publico para construir obra de fachada a título de economizar aluguéis?
Votado com todas as características do negócio mal feito: na “calada da madrugada”, sem conhecimento prévio e pleno de todos os vereadores e com “parceiros interessados na gestão” se esforçando para justificar a infeliz ideia?
A inversão de valores é clara. Deveria a administração correr atrás do que está ruim e é de vital importância para a população. E deixar para trás o que, na verdade, é secundário e mais parecendo um mote de vantagens para comissionados, em momento preparatório para eleições que se avizinham.
Alertar aos senhores Vereadores de que a mídia social é severa ao ponto de imediatamente acordar as pessoas de boa fé, da grande população, ficando difícil de se enganarem como era no passado.
A pergunta que se faz é uma só: a quem recorrer?
A Câmara Municipal seria uma alçada se fosse independente. Mas…fica ainda a esperança em Ministério Público e Defensoria Pública, que tecnicamente foram criadas e existem para defender os indefesos.

 

Dr. Fauze José Daher
Médico/Cirurgião
e Advogado
ex-Vereador Constituinte

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