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domingo, 03 de dezembro de 2023

Artigos

DIREITO DE SE DEFENDER

Bom dia, Barretos!
Ultimamente vimos sendo bombardeados pela mídia, dizendo que Israel tem o direito de se defender do ataque do Hamas. Ninguém em sã consciência discorda disso, só que não podemos usar esse argumento para exercer o direito de matar.
O que está ocorrendo hoje em Gaza é o extermínio de um povo submetido a quase vinte dias de bombardeio vinte e quatro horas por dia. Destruição total das instalações, tornando a faixa de Gaza um território arrasado e matando aproximadamente um terço de seus habitantes. Isto se compara ao extermínio maciço de judeus nos campos de concentração nazista.
Cada um com a sua justificativa, mas a intenção é a mesma, exterminar um povo. Não se pode argumentar direito de defesa para matar milhares de crianças, jovens e adultos que nada têm a ver com o Hamas nem com sua incursão em território judeu. Não é aceitável Israel mandar desocupar a parte norte de Gaza, mandando que todos migrassem para o sul e depois bombardear o norte e também o sul. Ai não é se defender e sim dar o troco, no verdadeiro “olho por olho, dente por dente”.
Não tem nada a ver com o direito de se defender bombardear hospitais e templos religiosos matando milhares de pessoas. Quando Israel corta o fornecimento de água potável, fecha as vias por onde chegam os alimentos, e corta a eletricidade, está decretando a morte milhares de seres inocentes.
Quando por falta do mínimo de higiene e por falta de água proliferam doenças e epidemias, não se pode chamar isso de direito de defesa, mas sim de uma crueldade inominável. Quando se nega a abrir corredores humanitários para atender feridos e doentes, levar água e medicamentos fica escancarada a maldade que está na raiz do conflito.
Nunca se chegará à paz no Oriente médio enquanto não se substituir a força das armas pelos argumentos na mesa de negociação. Enquanto não se cumprir a resolução da ONU que criou também um estado palestino que poderia conviver em paz com o estado judeu. Por maior que seja a potência bélica dos Estados Unidos e por mais que armem Israel, a paz só se instalará na região através de negociações pacificas.
A nós outros que estamos longe do cenário da guerra só nos cabe rezar e pedir a Deus que ilumine a cabeça dos dirigentes em busca da verdadeira paz.
Bom dia, Barretos.

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