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CINCO MINUTOS PARA VOCÊ
Ei, você aí do outro lado! Me diz o que consegue fazer em cinco minutos?
Vamos pensar juntas? Que tal cozinhar um macarrão instantâneo, olhar as redes sociais, correr um trecho, escolher o look do dia, fazer a maquilagem? Coisas básicas do cotidiano de muitas de nós.
Mas, que tal pensarmos além? Vou começar com uma sugestão! Outubro! O que esse mês te lembra? Se pensou em Outubro Rosa, sim, você acertou! Mês da prevenção do câncer de mama e, para terminar de matar a charada, se pensou no autoexame, bingo! Em cinco minutos você pode se tocar e, quem sabe, mudar a história da sua vida!
Outubro é internacionalmente conhecido como o “Outubro Rosa”, mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama, o segundo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, perdendo apenas para o câncer de pele. Neste período, diversas campanhas são promovidas como alertas sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, bem como a importância de se adotar hábitos de vida saudáveis.
A gama de emoções, como medo, tristeza, raiva e negação ao ter confirmado o diagnóstico do câncer de mama aterroriza quase todas as mulheres.
E como eu, uma psicóloga, posso atuar neste âmbito? De inúmeras maneiras: desde o diagnóstico, como durante tratamento e na fase de reabilitação. O acolhimento psicológico auxilia no processo de compreensão e aceitação da situação, colaborando para um ajustamento emocional.
Mas, antes disso, é importante salientar que a atuação da psicóloga tem início na fase anterior ao diagnóstico, intervindo na prevenção e conscientização através da realização de palestras, rodas de conversa e campanhas que auxiliam a levar a informação sobre o câncer de mama, alertar sobre seus fatores de risco e a importância da detecção precoce. Para além, nosso papel também é desmistificar possíveis medos e angústias associados à doença, buscando reduzir a ansiedade e promover uma abordagem mais saudável em relação ao tema.
No tratamento, a psicóloga continua oferecendo suporte e orientações para o enfrentamento das adversidades decorrentes, tais como: lidar com os efeitos colaterais dos procedimentos, com a perda de cabelo, a fadiga e a alteração de imagem corporal, além de reforçar a adesão ao tratamento e a manutenção da qualidade de vida.
Após o tratamento, a fase de reabilitação é tão importante quanto as anteriores. Neste momento, podemos auxiliar no resgate da autoestima, na reconstrução da identidade e no retorno às atividades cotidianas. É fundamental que a paciente se sinta acolhida e compreendida nessa fase, para que possa recuperar o equilíbrio emocional e retomar sua vida de forma plena.
Sem mais delongas, cabe lembrar que o câncer de mama é uma doença que afeta não só o corpo, mas também a mente. Isso reforça a importância das intervenções psicológicas no enfrentamento dessa jornada de forma mais assertiva e saudável, contribuindo para o bem-estar e qualidade da vida de cada paciente.
Vai tirar os cinco minutos para você? Pense nisso!
a
Sada A. Ali
Psicóloga Clinica
CRP. 06/166892