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Cadê o corpo de Jesus que estava aqui?
Foi um corre-corre. Maria Madalena chegou ao túmulo e viu que ele estava aberto e o corpo de Jesus não estava lá onde tinha sido sepultado. Isso é um fato assustador. Quem de nós não ficaríamos completamente preocupados se o corpo de um parente nosso sumisse do túmulo, três dias depois do enterro?
Ela saiu correndo pra avisar Pedro e demais discípulos: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram” (Jo 20,2). Pedro e um outro também saíram correndo pra conferir o que a mulher tinha dito. Este outro discípulo correu mais depressa, chegou primeiro ao túmulo, mas não entrou. Pedro, que vinha correndo atrás, também chegou e entrou. De fato, o corpo não estava mais lá. O sepulcro vazio é o pressuposto da fé cristã. Jesus já tinha avisado algumas vezes que ele, no terceiro dia, sairia vivo do túmulo, ressuscitado. E cumpriu. No domingo posterior ao seu sepultamento, ele já se fez presente às discípulas e discípulos, que ficaram estarrecidos com tal acontecimento, inédito, verdadeiramente surpreendente. Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Sto. Atanásio). É o Tempo Pascal, mesmo que demos aos domingos seguintes os números de 2 a 7º domingo da Páscoa, ou Sete Semanas, sendo que a primeira também a denominamos de Oitava da Páscoa.
Esta alegria, na verdade, é em todos os tempos litúrgicos, porque sempre estamos celebrando a Ressurreição do Senhor, base de nossa Fé, “pois se Cristo não ressuscitou, a nossa Fé é vã” (1Cor 15,14), Mas no Tempo Pascal nossa alegria é mais ainda significativa, e a demonstramos com cores e paramentos brancos, flores, Hinos de Louvor, o badalar dos sinos e muitos solenes Aleluias! – O que quer dizer “Aleluia”? – Palavra que vem do hebraico e quer dizer “louvai o Senhor”. Na Bíblia hebraica aparece somente nos Salmos 104-150. Conservamos essa palavra nessa mesma forma, transliterando como “hallelou / yah” – Louvai Iavé, ou, para nós: Louvai o Senhor!