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A EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA – REFLETIDA ATRAVÉS DE AÇÕES, REAÇÕES E CONSEQUÊNCIAS…
Com os avanços ocorridos ao longo do século XXI é impossível afirmar que ainda existam indivíduos que não tenha evoluído em meio às inúmeras e constantes transformações, voluntária ou involuntariamente, mesmo que por simples questão de necessidade.
Consequentemente empregam-se expectativas acerca dessa explosão de aprendizagens, sejam elas: sociocultural, educacional ou mesmo tecnológicas, decorrente das TIC’s – tecnologia da informação e comunicação, como transmissores primários da inteligência ao alcance de toda a sociedade, independente de serem verdadeiros ou não, competindo exclusivamente à inteligência analisar e concluir.
Essa é a base da mente humana, ao menos, o que se espera da mesma, considerando o fato de que o cérebro, segundo o psicólogo ¹Howard Gardner em sua teoria sobre as “Inteligências Múltiplas” possui plasticidade, expandindo-se conforme é condicionado através do treino.
Com essas informações, busco chegar a um senso comum. Se teorias apontam para a evolução do mundo precedida da evolução da mente, conclui-se que não importa o que se aprende, onde tudo o que é vivenciado, refere-se a aprendizado e evolução conforme o próprio processo em questão. Isso é fato, o que me custa a compreender é como em meio a tanto conhecimento, possam ainda haver pessoas que consigam regredir nesse ínterim.
Não acredito que se trate de regresso, todavia, refere-se a questões mais expansivas e comprometedoras, tendo em vista que vivenciamos uma era onde a política que rege nosso país encontra-se ainda na era colonial, onde o “escambo” é a principal atividade política praticada. Favores e gentilezas mantêm o círculo vicioso e desfavorável ao senso comum, beneficiando apenas os envolvidos diretamente no contexto, com a ressalva de que a diferença entre a politicagem e o escambo é que na primeira envolvem-se cargos com salários consideráveis, conquistados através das gentilezas e dos favores – o que nos remete ao escambo.
Para agravar ainda mais a questão, políticos utilizando-se da politicagem brincam com o poder da inteligência e da percepção alheia, acreditando que conseguem enganar toda uma sociedade. Mas, como ser social, é possível afirmar que nessa jogada o que impera é tentar calar a voz das pessoas, sem êxito. Não somos ignorantes à aceitação do extremo, não adianta fingir que é verdade e esperar que simplesmente acreditemos. Somos seres evoluídos e estamos acompanhando cada passo e ação que implicam consequências.
É conveniente estabelecer e fazer valer regras e legislações de acordo com o benefício e o beneficiário em questão. Esse é o limite da mente: subestimar a inteligência alheia. Como considerações nesse artigo, disponho uma frase extremamente enriquecedora ao conteúdo descrito, do russo ²Leon Tolstoi: “Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como naqueles supostamente livres – como a Inglaterra, a América, a França e outros – as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles que detêm o poder”.
Para reflexão considero imprescindível a seguinte explanação: “Só haverão pessoas corrompidas, enquanto existirem mentes relativamente limitadas, proporcionais às ações empregadas pela politicagem para aceitarem pagamentos e propinas, tão miseráveis quanto o fato em si”.
Paula Mara Penha de Lacerda, Educadora de Educação Infantil, Professora, Pedagoga e Psicopedagoga Institucional.
¹Howard Gardner (Scranton, Pennsylvania, 11 de julho de 1943) é um psicólogo cognitivo e educacional .
²Leon Tolstoi (Yasnaya Polyana, 9 de setembro de 1828 — Astapovo, 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo.