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domingo, 27 de abril de 2025

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Ata do Federal Reserve Revela Possibilidade de Aumento nas Taxas de Juros

A última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, deixou o mercado em alerta ao mencionar a possibilidade de aumentar ainda mais a taxa básica de juros, atualmente situada entre 5,25% e 5,50%, a maior em 23 anos. A divulgação da ata desencadeou uma reavaliação das expectativas do mercado, que agora considera mais provável apenas um corte de juros neste ano, embora as apostas estejam divididas.

Segundo dados da plataforma de monitoramento do CME Group, a probabilidade de nenhum corte nas taxas em 2024 subiu de 10,3% para 12,1% após a divulgação da ata. Os especialistas apontam que 36,6% acreditam na possibilidade de o Fed reduzir a taxa básica em 0,25 ponto percentual em 2024, ligeiramente à frente da possibilidade de um corte de 0,50 ponto percentual, que aparece com 36,4%.

Antes da divulgação da ata, a hipótese de um relaxamento mais agressivo dominava o mercado. Embora ainda haja uma forte expectativa de um primeiro relaxamento monetário em setembro, o cenário perdeu fôlego.

No Brasil, o mercado reagiu negativamente à ata do Fed. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, registrou uma queda de 1,38%, fechando aos 125.650 pontos. Enquanto isso, o dólar avançou 0,77%, encerrando o dia cotado a R$ 5,15.

Conforme a ata, os dirigentes do Fed concordaram que não seria apropriado reduzir as taxas básicas até que houvesse maior confiança de que a inflação estivesse se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% ao ano. Além disso, durante a reunião realizada entre os dias 30 de abril e 1° deste mês, os dirigentes do Fed manifestaram incertezas sobre o impacto das políticas tarifárias atuais.

As preocupações levantadas durante a reunião sugerem que o Fed está considerando aumentar, em vez de cortar, a taxa de referência nos próximos meses, especialmente se houver uma aceleração da inflação.

Após um pico de 7,1% em 2022, a inflação medida pelo indicador de preços preferido pelo Fed abrandou de forma constante durante a maior parte de 2023. No entanto, a aceleração dos preços nos primeiros três meses de 2024, indicando uma taxa anual de 4,4%, levantou preocupações sobre a possibilidade de uma “aterrissagem suave”, onde a inflação cairia para 2% ao ano e uma recessão seria evitada.

Os dirigentes do Fed também destacaram que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continua se expandindo em um ritmo sólido, embora o crescimento real do PIB no primeiro trimestre tenha arrefecido em relação ao segundo semestre do ano passado.

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