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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Artigos

“Uma alvorada de esperança paira sobre o mundo”

Vivemos uma mudança de época ou época de mudanças, como bem avaliam os entendidos. Fato é que tudo está em constantes e rápidas transformações e nós, pobres e mortais seres humanos, em nossa maioria, não dotados de extraordinária inteligência, nos esforçamos para acompanhar ou ao menos sobreviver a tudo isso, sem que nos sucumbamos e nos tornemos meros expectadores de um mundo cada vez mais estranho aos nossos olhos.
Assustadora ou não, esta é nossa realidade; este é nosso tempo. É verdade que as notícias, na maioria das vezes, contribuem para propagar essa esfera de desconfiança e medo, uma vez que, não são poucas as tragédias, catástrofes, violências e mortes provocadas, não raras vezes pela ganância, pelo apego exacerbado ao dinheiro e a tudo que ele, ilusoriamente oferece.
No entanto, hoje eu venho falar outra vez de esperança, uma virtude quase que obrigatória a nós, sobretudo, aos que se dizem cristãos e mais ainda aos que temos fé. Obrigatória, mas nem por isso dura ou sem beleza, nos ensinava o saudoso Papa João Paulo I, ao contrário, quem vive a esperança viaja num clima de confiança e de entrega, encorajado por uma força e uma convicção interiores capazes de ressignificar a vida e os acontecimentos, dando-lhes um sentido totalmente novo, procurando colher, até mesmos das situações mais adversas, algo que possa ser útil e contribua para o crescimento da espiritualidade, da personalidade e do caráter.
“Uma alvorada de esperança paira sobre o mundo” e é dever nosso não deixar que ela se dissipe em meio às nuvens negras do desespero e da morte; podemos e devemos dar voz e visibilidade ao bem, ao amor, à paz e a fraternidade, que ainda relutam frente às forças degradantes do mundo, no entanto, tão raramente divulgados. Enquanto houver em nós uma só certeza, por menor que seja, que tudo pode ser melhor, devemos lutar e acreditar que, o que agora é um sonho, pode amanhã se tornar uma realidade.
Contagiemos as pessoas e os ambientes ao nosso redor com a leveza de alma característica de quem não se impõe o peso da descrença; testemunhemos a alegria da esperança e do otimismo e vejamos o quanto é belo e maravilhoso viver confiante, empenhando inesgotáveis esforços na realização do amor mútuo e da caridade fraterna.

Fernando Felix Rabelo
Seminarista

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