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domingo, 05 de fevereiro de 2017

Artigos

Sífilis volta a preocupar

Doença cresceu 20,9% entre as gestantes nos dois últimos anos
O aumento do número dos casos de sífilis voltou a preocupar as autoridades de saúde. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016 do Ministério da Saúde, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a doença em gestantes cresceu 20,9% e a congênita subiu 19%. As autoridades do setor têm como foco diagnosticar os casos precocemente no início do pré-natal e encaminhar a paciente imediatamente para tratamento com penicilina. 
Segundo o Ministério da Saúde, essa é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum e pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. “A sífilis é transmitida pelo contato sexual ou da gestante para o feto em qualquer fase da gravidez ou da doença. Por isso, é essencial a realização do pré-natal”, alerta Dr. Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos. 
Ele ainda lembra que a falta de acompanhamento pode prejudicar o futuro do bebê, já que a doença pode se manifestar logo após o nascimento ou durante os primeiros dois anos de vida. Segundo o médico, entre os sintomas ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. “Para alguns casos, a sífilis pode ser fatal para o bebê”, alerta Dr. Pedro Oliveira. 
O Ministério da Saúde informou ainda que foram notificados 65.878 casos de sífilis adquirida no Brasil, em 2015, sendo a maioria em homens (60,1%). 
Conheça abaixo os sinais e sintomas da sífilis: 
 
Sífilis primária
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio;
Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
 
Sífilis secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea;
Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés;
Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.
 
Sífilis latente – 
fase assintomática
Não aparecem sinais ou sintomas;
É dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção);
A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
 
Sífilis terciária
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção;
Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

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