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domingo, 21 de maio de 2017

Artigos

O PÉ DE ABIU

Bom Dia Barretos. Enquanto acompanhava durante a semana as obras da nova ala do Hospital São Jorge, e enquanto as perfuratrizes venciam as resistências do solo, como que arrebatado pelo passado, relembrei os primórdios do hospital, quando ainda se restringia à casa redonda. 
Afigurou-se claramente em minha mente, a imagem do imenso quintal dominado por um abieiro a fornecer sombra e frutos.  Esperávamos ansiosamente o outono, quando ele se enfeitava com aquelas lindas frutas amarelas, que possuíam um sabor todo especial. 
Ficava então a admirar seu porte e compreendia que suas raízes, robustas e fortes, buscavam retirar da terra os elementos essenciais para o seu desenvolvimento, bem como da produção dos apreciados frutos. Depois, o hospital foi crescendo, e com o crescimento, chegou um momento em que, seu desenvolvimento exigiu que se sacrificasse o pé de abiu. 
O fizemos com muita dor no coração, como que a pedir-lhe perdão pelo ato que estávamos praticando. Desde então, sempre ao comprar frutas, nunca esqueço de perguntar e comprar abiu, só que jamais consegui comer um fruto que ostentasse o mesmo sabor dos frutos daquele pé. 
O barulho das máquinas que continuavam a perfurar o solo, para implantar as estacas de sustentação do novo prédio, me tirou daquele estado de transe, e então confabulei com os meus botões: Parece que estou vendo serem implantadas raízes fortes como aquelas que sustentavam o pé de abiu. 
Tive então a certeza, que tal qual aquela árvore, o prédio do novo hospital também trará doces frutos para a nossa comunidade. É como se o pé de abiu estivesse renascendo, só que agora com vigas de concreto em lugar de seus galhos, mas impregnadas do mesmo desprendimento e vontade de servir. 
Antes, o pé de abiu servia à humanidade seus frutos impares, e agora estava passando o bastão ao prédio que começa a ser erguido para que continue a distribuir frutos, frutos esses agora, sob a forma de saúde a quem precisa. Que os frutos da nova ala do Hospital São Jorge, possam ser tão doces, como foram os frutos do pé de abiu, chegando aos nossos pacientes através das abençoadas e competentes mãos de nosso corpo clínico, bem como do quadro de profissionais da enfermagem e apoio. 
Que o amor e o prazer de servir ao próximo possam estar presentes em cada um e em todos os atos praticados no hospital e que os mesmos sejam regados pelas bênçãos de DEUS, como tem ocorrido nos 48 anos de sua existência a serem completados no dia 24 agosto.
BOM DIA BARRETOS.

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