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O Brasil bipolar que tem sido formado atualmente
Atualmente os conceitos de direita e esquerda na definição sobre espectros políticos se encontram já defasadas, e os termos muitas vezes não conseguem abarcar a diversidade de ideais político e visões de sociedade ideal devido à extensa quantidade de concepções ideológicas.
Trabalhismo, socialdemocracia, ambientalismo, neoliberalismo, socialismo democrático, desenvolvimentismo, Terceira Via entre outras, somam-se as boas e velhas concepções: Liberalismo versus comunismo.
Somado a tudo isso, ainda há o fato de que a Guerra Fria que dividia o mundo em dois blocos se encerrou com a abertura política e econômica da Rússia, a ZEE chinesa, as descolonizações, a queda do muro de Berlim e mais recente a morte de Fidel Castro, deixando assim a Coreia do Norte isolado no velho bloco “comunista”.
Na própria origem dos termos “direita” e “esquerda”, a direita estava bem mais associada a uma concepção de sociedade monarquista, onde os reis governavam o Estado com poderes absolutos do que o liberalismo econômico, uma concepção ligada à esquerda pré-revolução, representando o ideário burguês iluminista e liberal.
Com o tempo, os termos “direita” e “esquerda” passaram por ressignificações, mudanças etc., e passaram a representar outras concepções de sociedade.
Porém, nos dias atuais não há como reduzir a política brasileira a uma dualidade de ideias totalmente opostas, e disso criar dois Brasis totalmente antagônicos e inconciliáveis, não que visões políticas devem ser algo a se convergir e gerar uma única ideologia ou grupo, pois seria simplificar e reduzir demais, como já vem acontecendo com o nosso “Brasil bipolar”; mas que os brasileiros possam enfrentar as mais diversas concepções ideológicas como partes de um Brasil plural e diverso.
Leonardo Ferrari Silva, historiador formado pelaFaculdade Barretos e docente nesta área na cidade de Catanduva.