Não sejamos fardos!

Hoje em dia todo mundo quer ser independente, não é mesmo? Ao ponto de acharmos um absurdo dependermos de alguém para algo. Mas não deveria ser assim. Conforme os anos vão passando vamos sim precisar de alguém. Em certas ocasiões de nossa vida também precisaremos de um ombro amigo para nos amparar. Na verdade, precisar da ajuda de alguém não nos torna um fardo, afinal, se não pudermos ajudar e receber ajuda que tipo de pessoas somos? Ajudar o próximo nunca deve ser um fardo, tanto para quem ajuda, quanto para quem recebe a ajuda.

Entretanto, podemos sim nos tornar um fardo na vida das pessoas e um fardo pesado. Isso acontece não quando ocupamos o tempo dos outros, mas sim, quanto passamos a fazer a vida do outro infeliz. Quantas pessoas independentes se tornaram um fardo na vida do outro por fazerem tanta maldade, tanta intriga, por guardar tanto rancor e mágoa? Quando deixamos a vida do próximo mais cinzenta, é ai que nos tornamos um fardo. O peso está na mágoa, tristeza, decepção que plantamos no coração das pessoas próximas a nós.

Por isso, nos faria bem neste Natal analisarmos nossa vida e ver se não nos tornamos um fardo na vida de alguém. Quantos maridos, esposas, filhos, pais não precisam refletir sobre isto? Nenhum de nós deveria deixar um gosto amargo na vida alheia, deveríamos sempre deixar algo bom para o próximo. Mas por graça de Deus, ainda podemos fazer a diferença, ainda podemos recomeçar.

Comece a tratar melhor, a amar mais, a ser mais paciente, a ser mais grato com quem te carrega como um fardo. Lembre-se, o fardo nunca será a ajuda que damos ou recebemos, o fardo é a tristeza que plantamos no coração do outro. A lição da semana é refletir nossos relacionamentos e vermos se estamos sendo ou não um fardo para alguém. Deus te abençoe! Uma feliz e santa semana!

Pe. Thiago Reis

Pároco da Paróquia Bom Jesus