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DUBAI E O SONHO DE UM SHEIK
Bom Dia Barretos. Aproveitando os feriados de 15 e 20 de novembro, participei de uma excursão à Dubai. Tinha ouvido muitas histórias a respeito de seu desenvolvimento acelerado e de suas obras fantásticas e fiquei motivado a conhecer de perto o fenômeno denominado Dubai. Claro que entusiasma a qualquer turista a beleza ali criada, mas não me contive em apenas observar, e quis me aprofundar um pouco mais.
Tomei conhecimento então que aquele povo era nômade, vivia da extração de pérolas, no Golfo Pérsico, do produto de caças e de uma agricultura rudimentar nas raras áreas produtivas.
Com a descoberta do petróleo, novos horizontes se abriram, e aí entra em cena um Sheik, Sheik Rashid Bin Saeed, que colocou o desenvolvimento de sua pátria, e o bem-estar de seu povo, em primeiro lugar. O lençol de petróleo privilegiava o país vizinho Abu Dhabi, que ficou com aproximadamente 93% do total.
O Sheik percebeu então, que com o pouco petróleo que tinha e com o passar do tempo não poderia mais contar com essa renda e resolveu aplicar todo o recurso obtido na construção de um centro de turismo, mas dentro de sua filosofia de que teria que ser o melhor, pois dizia que ninguém se lembra do segundo colocado, mas todos aplaudem o primeiro, e assim seria capaz de manter o país na rota do desenvolvimento. Abriu as portas para as empresas que quisessem transferir suas sedes para Dubai, e delas cobraria imposto zero.
Começava, assim, a fazer de Dubai também um centro financeiro. Como a região é pobre de água doce, construiu a maior usina do mundo de dessalinização da água do mar para atender toda a região.
Em Dubai, encontramos o maior shopping do mundo, o maior Carrefour do mundo, o maior aquário do mundo, a maior pista de esqui no gelo coberta do mundo, e depois de ter a maior torre do mundo, ao perder a primazia, já está iniciando uma nova, que será novamente a maior do mundo. Estão construindo uma roda gigante que dizem que será a maior do mundo.
Buscando os melhores arquitetos e as melhores construtoras internacionais, exigia apenas que as construções deveriam ser arrojadas, e foi assim que foi projetado e construído um prédio com uma inclinação maior que a famosa torre de Pisa. O seu aeroporto também, segundo afirmam, é o maior em área construída no mundo, e recebe 20 milhões de turistas ano.
O país tem normas religiosas, morais e administrativas rigorosas. Se alguém se atrever a cruzar uma rua fora da faixa, recebe uma multa de R$400,00, mas se cruzar nas faixas todos os veículos param para o pedestre.
A iniciativa privada se disse presente e assim a Ferrari construiu um parque que se rivaliza com os parques de Orlando e é hoje grande atração turística. A cidade apresenta um cem número de construções, mas o que chama a atenção é que as obras se desenvolvem nas 24 horas do dia ininterruptamente
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E aí fiquei a meditar: Em Dubai, descobriram menos petróleo que no Brasil e fizeram tudo isso, no Brasil, temos mais petróleo, só que o dinheiro foi surrupiado por uns poucos, que o transferiu para paraísos fiscais, em seus nomes ou de laranjas, enquanto nossa população sofre, com impostos abusivos e atendimento de baixa qualidade.
Aí a grande diferença entre um povo religioso, temente a Deus, com leis morais e religiosas severas, conduzido por Sheiks preocupados com o seu povo e seu país e o nosso, que foi dominado por uma quadrilha que o depenou sem dó. Vale à pena conhecer Dubai, mas vale muito mais conhecer a história desse povo e procurar no mínimo imitá-la.
BOM DIA BARRETOS.