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sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Deus fez homem e mulher à Sua imagem e semelhança

Jesus não teve apenas discípulos, mas teve discípulas, e que não foram de segunda categoria. Eram tão fervorosas, verdadeiras, profundas, heróicas, como foram os discípulos de Jesus. E, em certos momentos, mais entregues e coerentes do que os próprios apóstolos de Jesus.
A primeira cura que é contada no Evangelho de São Marcos, o primeiro a ser escrito, é justamente de uma mulher idosa, certamente viúva, a sogra de Pedro. Carregava todas as rejeições próprias daquela época, daquela região. Por ser mulher, idosa, viúva, que eram deixadas de lado, consideradas as miseráveis do povo.
E foi justamente para esta mulher que Jesus fez sua primeira cura. Imagino Jesus chegando no leito daquela mulher ardendo em febre, daquela senhora idosa e tomando-a pela mão e a levantando. Ela sentiu imediatamente seu corpo esfriar, pois imediatamente a febre a deixou. Foi um milagre instantâneo. E o mais lindo: ela pô-se a servi-los.
As duas expressões “seguir” e “servir” na Bíblia são indicativas de discípulos, que seguia e servia ao mestre. Isto era da tradição e cultura dos judeus: o discípulo deixava a sua casa e trabalho, e punha-se a serviço do mestre. A primeira discípula de Jesus foi a sogra de Pedro a quem Ele curou.
Certamente ela tinha um grande desejo de ser uma seguidora. Mas não se achava capacitada por ser uma discípula, ninguém iria aceitá-la por ser uma mulher. E Jesus curou tudo isso e mostrou que o que vinha trazer era totalmente novo. Retomando a criação inicial de Deus, que fez homem e mulher, imagem e semelhança d’Ele; não apenas o homem, mas os dois.
Também uma mulher idosa, alquebrada, doente, podia ser tocada, curada, libertada e levantada por Jesus. E ela entendeu tudo isso: a partir daquele dia ela começou a segui-Lo. Nós, homens, precisamos de vocês, mulheres, lado a lado conosco, batalhando, nos animando, e nós vamos fazer muito mais por Jesus quando entendermos que discípulos de Jesus são o masculino e o feminino, vivendo e trabalhando juntos.
Existe um novo para ser conquistado. Um novo sem malícia, maldade, com pureza; que é possível viver para mudar todas as coisas e devolver a Deus aquilo que Ele criou originalmente.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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