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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Artigos

COMO NÃO ACREDITAR

Bom Dia Barretos. Quarta- feira à noite, estava saindo do hospital, quando percebi uma ambulância chegando trazendo uma criança, que acabava de ser atropelada. Tinha por volta de seis anos. Quando me dirigia para acompanhar os primeiros atendimentos, encontrei uma enfermeira choramingando e a interroguei: o que foi, o que aconteceu? Ela me relatou então, que levou um choque ao perceber que a criança atropelada era sua sobrinha.
Percebi com grande preocupação, que as rodas do veículo deixaram estampadas nas pernas e coxas da criança as marcas dos pneus. Fui informado então, que a criança estava brincando com o irmão na rua, e ao atravessá-la, foi colhida por um Saveiro, que após derrubá-la passou por cima.
Quadro preocupante, mas feitos os devidos raios x, ultrassom e tomografia de crânio, nada de mais grave foi constatado. Ouvi quando alguém então exclamou: Menina de sorte! Sorte, confabulei com os meus botões, ou presença de DEUS.
Parece que nos acostumamos a rotular como sorte aquilo que claramente tem o dedo de Deus. Fica mais fácil assim rotular, nada precisa ser argumentado, a sorte explica tudo, e basta para quem não quer acreditar na interferência de um ser divino impedindo consequências mais graves.
Quando expus minha versão para o fato, alguém me disse, se você acha que foi a interferência divina que impediu um desfecho trágico, me responda então por que ELE não age assim com todas as pessoas?
Disse-lhe: Pela mesma razão, que Cristo quando passou pela Terra, ressuscitou apenas Lázaro, curou apenas alguns enfermos e não a todos os doentes, retruquei.
Deus nos deu o livre arbítrio, e, portanto, não pode ficar a policiar os nossos atos, nem intervir nos acontecimentos que os cercam. Quando o faz, aqui ou acolá, é para que possamos reavivar a nossa fé, companheira indispensável em nossa caminhada terrena.
Não podemos transpor nossa jornada, agindo como São Tomé, que disse precisar ver para crer. A fé não exige provas, não é uma ciência exata e DEUS não tem nada a provar às criaturas por ELE criadas. De vez em quando, ELE usa um episódio como esse para nos fazer pensar.
Qual outra justificativa poderíamos aventar para explicar uma criança frágil ser atropelada por um veículo, que a joga no chão e lhe passa por cima, sem que ela venha apresentar nenhuma intercorrência grave. Só não enxerga a presença de DEUS nesse episódio, quem não deseja crer, por estar desprovido do verdadeiro sentimento da fé.
No mundo atual, com a população cada vez mais desprovida de fé, amor e caridade, onde os valores familiares vão adormecendo, e somos cada vez mais movidos pela internet e seus penduricalhos, falar em fé e dizer creio em DEUS parece ultrapassado.

BOM DIA BARRETOS.

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