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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Artigos

BRASIL PAÍS DAS TRAGÉDIAS

Hoje não vou falar dos pilantras que pululam na política, no judiciário, na música, na televisão, no cinema, na televisão, no cinema, no teatro, no esporte, entre os pesudos intelectuais e outros oportunistas de platão; como não vou falar, agora, das tragédias que assolaram o Mariana, Brumadinho e, mais recentemente, a tragédia que vitimou os atletas do Clube de Regatas Flamengo.
Hoje vou falar da morte, prematura e surpreendente, do jornalista Ricardo Boechat, vítima da queda do helicóptero, as 12h15, sobre um viaduto em uma das avenidas da cidade de São Paulo.
Sem dúvida nenhuma Boechat era o melhor âncora da televisão brasileira e um dos melhores jornalistas deste País. Boechat se destacava dos seus concorrentes por ser extremamente inteligente, competente e, principalmente, por fazer um jornalismo independente, compromissado com a verdade dos fatos, sem compromisso com políticos e/ou partidos políticos. O seu compromisso era somente com o telespectador que o acompanhava na TV, Rádio e jornais, que acreditava sempre nos seus comentários e informações que passava todos os dias.
A morte de Boechat, sem sombra de dúvida, vai deixar uma lacuna aberta e não vejo ninguém na nossa imprensa que possa substitui-lo. Hoje o telejornalismo brasileiro está mais pobre, de luto e órfão.
Boechat, você deixou uma marca indelével na imprensa e uma história de vida e profissional para ser contada aos alunos e profissionais que queiram aprender como se faz uma imprensa séria, sem receio de dizer a verdade e sem medo dos poderosos de plantão que dominam as grandes redações da imprensa no Brasil.
Que você e os que estavam no helicóptero descansem em paz.

Juarez Cruz
Escritor e cronista
Salvador-BA
juarez.cruz@uol.com.br

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